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Engenharia de Segurança contra Incêndio no Brasil: estamos em tempo de formar profissionais?

29/05/20 08h21

Engenharia de Segurança contra Incêndio no Brasil: estamos em tempo de formar profissionais?

O questionamento que abre essa publicação foi tema da matéria do blog do engenheiro químico, Marcelo Lima que é também diretor geral do Instituto Sprinkler Brasil. As questões sobre o desenvolvimento de processos e regulamentações para a segurança contra incêndio vem ganhando maior espaço no país há algum tempo. A opinião de Marcelo é que já é tempo de termos engenheiros de incêndio com formação adequada e reconhecida pelos conselhos profissionais e por autoridades.


Segundo estudos, o número de profissionais que se capacitam nessa área ainda é muito pequeno, mas a remuneração dos que buscam essa qualificação é bastante satisfatória, pelo menos é o que aponta pesquisas realizadas nos EUA. Em 2017, por exemplo, formaram-se no país citado cerca de 125 mil engenheiros de todas as modalidades, porém, desses, somente 200 a 250 na área de incêndio. De acordo com um professor do Worcester Polytechnic Institute (WPI) – uma das instituições de maior renome na área nos Estados Unidos, apenas 30 a 40 engenheiros se formam por lá, por ano.

 

A oferta de cursos tanto no nível da graduação quanto na pós-graduação, ainda é bastante baixo no mundo todo, entretanto em pesquisa recente de Marcelo Lima, 10 instituições de ensino no Brasil já oferecem, entre versões presenciais e a distância, cursos de especialização a distância para a área, contrariando aqueles que acreditam que não há demanda pelos profissionais. A segurança contra incêndios no Brasil vem se destacando e evoluindo nos últimos anos, mas, a falta de formação técnica ainda é um dos grandes pontos a melhorar. Marcelo Lima sugere cinco pontos para o início de uma proposta sobre essa questão:

 

1. Ainda não seria viável, neste momento, a criação de cursos de graduação em engenharia de incêndio, mas o modelo da engenharia de segurança trabalho poderia ser usado com sucesso para implantação da engenharia de incêndio;

 

2. A engenharia de segurança do trabalho foi criada em 1985 por projeto de lei no Congresso Nacional e seguir esse caminho, pode ser a maneira mais rápida de termos a engenharia de incêndio em um prazo razoável;

 

3. É fundamental que a especialidade de engenharia de segurança contra incêndio seja reconhecida pelos CREAs, e que a legislação de incêndio dos estados privilegie esses profissionais, tornando obrigatória a sua participação nas várias etapas do processo de projeto e instalação de sistemas de incêndio. E que seja requerido das empresas de alto risco de incêndio a contratação de engenheiros de segurança contra incêndios;

 

4. É importante que a oferta seja distribuída para atender as várias regiões do país;

 

5. Em 2018 a Frente Parlamentar Mista de Segurança contra Incêndio do Congresso Nacional já conseguiu avanços, como a preparação de uma proposta de currículo mínimo e ao conseguir que a área de Segurança contra Incêndio fosse reconhecida como Área de Conhecimento pelo CNPQ.

 

Fonte: https://www.revistaemergencia.com.br/blogs/blog-de-olho-no-mundo/vamos-criar-a-engenharia-de-seguranca-contra-incendio-no-brasil/

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